17 de novembro de 2011

Triste estréia na semifinal da Taça Serramar/Banrisul

Derrota em casa por 4 a 2 para o Guarani dificultou o caminho do Tabajara até a final
Texto e fotos: Taynan Silveira


Foi dolorido para os tabajarenses que compareceram no Módulo Esportivo Municipal no último domingo (13). Doeu, talvez como a maior dor de derrota na história do clube. Longe de ser uma derrota vexatória, a derrota para o Guarani, de Torres, por 4 a 2, causou dor por ter sido pela primeira partida da semifinal do maior torneio de clubes de futebol, onde o Tabajara anseia em levantar a taça na final do dia 11 de dezembro. Infelizmente, a equipe começou mal a disputa pela vaga na decisão da Taça Serramar/Banrisul.
Apesar da derrota, nem tudo está perdido para o Tabajara, uma vez que ainda há a segunda partida da semifinal, que será disputada em Torres, na casa do Guarani, no próximo dia 27. Além disso, só o fato de que em seu segundo ano de Taça Serramar o Tabajara está entre os quatro melhores da competição já é motivo de orgulho a todos que fazem este clube crescer mais a cada dia.
Vainer (ao centro) abriu o placar para o Tabajara
Por tudo o que estava em jogo e pela necessidade de vencer em casa para encaminhar a classificação, o Tabajara precisou jogar com muito esforço, tendo que segurar o ímpeto do adversário, considerado um dos times mais qualificados do torneio. Essa qualidade foi demonstrada pelo Guarani logo no início, quando aos dois minutos Everton Boff driblou Marcinho e chutou para fora, e também no chute de Alan que explodiu no travessão, aos nove minutos. Com mais posse de bola mas com pouca criação, o Tabajara só conseguiu a primeira oportunidade aos 15 minutos, em cabeçada de Alê Menezes por cima do gol. Nos primeiros 20 minutos de partida, os donos da casa encontraram muita dificuldade, pois não conseguiam chutar em gol e sofriam com os ataques rápidos e perigosos dos torrenses. Porém, dos 25 em diante o Tabajara conseguiu dominar o adversário e chegar à grande área. Foi nesse bom momento que o time grená abriu o placar. Aos 30, Vainer veio com bola dominada pelo meio e sem marcação, chutou forte da entrada da área, acertando o canto do goleiro Ramon e marcando um belo gol. “Vi o goleiro centralizado e então fui feliz ao bater por fora” como Vainer explicou o lance.
Nos lances seguintes, Vainer quase voltou a marcar aos 31 em duas oportunidades e aos 33, em chute pela linha de fundo. Ainda nesse bom momento, a zaga grená trabalhava bem, marcando o homem de criação do Guarani, Everton Boff, e assim o Tabajara ainda pode pressionar o adversário, perdendo mais uma oportunidade nos últimos minutos da etapa inicial, em chute de Alex que o goleiro espalmou.
Após sofrer empate, Marcelo Buda entrou e fez 2 a 1
O segundo tempo começou e terminou muito diferente do primeiro. Antes de chegar aos 5 minutos o Tabajara já havia perdido três oportunidades, ambas com Alê Menezes, mostrando que a proposta era pressionar o adversário para construir uma maior vantagem. Porém, a resposta do Guarani foi surpreendente: a equipe gostou do jogo e deixou o Tabajara dominado. Aos 6, Vitinho chutou em cima de Fio. Aos 7, Alan fez de cabeça, mas o bandeirinha marcou impedimento, e aos 8, Vitinho chutou forte de fora da área, Fio defendeu parcialmente e Alan pegou o rebote para empatar o placar. O gol desestabilizou os tabajarenses, que só conseguiram atacar timidamente com Vainer, em cobrança de falta, e com Vitor, após jogada pela esquerda, ambas com defesa do goleiro. Nesse ponto, Everton Boff, Alan, Vitinho, Japa e João cresceram na partida, e depois deste último chutar por cima de dentro da pequena área, Alan entrou em velocidade na área e quando estava quase cara a cara com Fio, Éto cometeu pênalti. Na cobrança de Alan, Fio defendeu no canto direito. Era o que bastava para o jogo ganhar status de decisão, com emoção e nervosismo à flor da pele.
Precisando da vitória, o técnico Alex dos Santos mandou Marcelo Buda e Diego à campo, nas vagas de Vitor e Diego Recova. As mudanças surtiram efeito, pois de atacado o Tabajara passou a atacar, o que deixou a partida bastante rápida, com as duas equipes criando oportunidades de gol. Aos 27, as polêmicas começaram a surgir no jogo, quando após tabela com Buda, Alex encobriu o goleiro. A bola bateu na trave e foi em direção às redes. Quando os narradores gritavam gol e Alex comemorava, o juiz Marco Magalhães mandou seguir o lance, com o goleiro Ramon com a bola nos braços. Para alegria dos tabajarenses, três minutos depois, Marcelo Buda dominou na entrada da área, girou e bateu no ângulo, fazendo 2 a 1.
Pênalti duvidoso foi determinante para o resultado do jogo
Dois minutos depois, o centroavante Alan caiu na área e o juiz marcou pênalti, que para muitos não foi. Na cobrança, Alan bateu no canto esquerdo de Fio, que pulou para o direito. O empate em casa já era um mau resultado, porém nos minutos finais o Guarani voltou a pressionar e aos 45, após uma cobrança de escanteio, Everton Boff pegou a sobra dentro da área e chutou alto, indefensável para Fio. Não bastando o 3 a 2 no placar, em um dos últimos lances do jogo, Valdomiro cometeu pênalti em Vitinho. Ao reclamar, Luiz Paulo foi expulso e na cobrança, Vitinho marcou o quarto gol do Guarani, instaurando um clima de desolação no vestiário da equipe tabajarense. Com a derrota de 4 a 2 o Tabajara precisa vencer por três gols de diferença na casa do Guarani para se classificar. É uma tarefa difícil, talvez até dificílima, mas garra e vontade ao time não irão faltar, como destacou o goleiro Fio ao final da partida. “Perdemos em casa em poucos minutos, mas jogamos bem e temos condições de ir até Torres e reverter a vantagem”.


FICHA TÉCNICA



Tabajara 2 x 4 Guarani

Tabajara: Fio; Michel (Luiz Paulo), Valdomiro, Éto e Fabinho; Marcinho, Alex, Diego Recova (Diego) e Vainer; Vitor (Marcelo Buda) e Alê Menezes. Técnico: Alex dos Santos.

Guarani: Ramon; Marcelo Torres, Vitor, Roberto (Norton) e Vitinho; Sandro, João, Biju e Everton Boff; Japa (André) e Alan. Técnico: Val.

Arbitragem: Marco Magalhães, auxiliado por Taylor Silva e Rogério Souza.

Gols:
Vainer, de fora da área.
Alan, pegando rebote dentro da área.
Marcelo Buda, da entrada da área, no ângulo.
Alan, de pênalti.
Everton Boff, pegando sobra de escanteio.
Vitinho, de pênalti.

Cartões amarelos:
Tabajara: Vitor, Éto, Diego, Alex, Luiz Paulo e Valdomiro.
Guarani: Alan, Sandro e Everton Boff.

Expulsão:
Luiz Paulo (Tabajara)

Um comentário: